De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil no primeiro trimestre de 2023 foi de 8,8%. Isso representa um aumento de 0,9 ponto percentual em relação ao quarto trimestre de 2022 (7,9%), mas uma queda de 2,4 pontos percentuais em comparação ao mesmo trimestre de 2022 (11,1%).
No período analisado, a desocupação aumentou em 16 das 27 Unidades da Federação, mantendo-se estável nas outras 11. Os estados com as maiores taxas de desocupação foram Bahia (14,4%), Pernambuco (14,1%) e Amapá (12,2%). Por outro lado, os estados com as menores taxas foram Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).
É importante destacar o caso do estado do Tocantins, que apresentou um aumento significativo na taxa de desocupação. No quarto trimestre de 2022, a taxa era de 5,2%, e no primeiro trimestre de 2023, ela subiu para 6,9%.
Ao analisar a taxa de desocupação por sexo, observa-se que ela foi de 7,2% para os homens e 10,8% para as mulheres no primeiro trimestre de 2023. Em relação à cor ou raça, a taxa foi mais baixa para os brancos (6,8%) e mais alta para os pretos (11,3%) e pardos (10,1%).
Quanto ao nível de instrução, a taxa de desocupação foi maior para as pessoas com ensino médio incompleto (15,2%), seguidas pelas que possuem nível superior incompleto (9,2%). Já aqueles com nível superior completo tiveram uma taxa de desocupação de 4,5%.
No que diz respeito à subutilização da força de trabalho, que engloba as pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada, a taxa composta foi de 18,9% no terceiro trimestre de 2022. O estado do Piauí teve a maior taxa de subutilização (39,6%), seguido por Sergipe (33,4%) e Bahia (32,9%). As menores taxas foram registradas em Santa Catarina (6,4%), Rondônia (6,7%) e Mato Grosso (9,4%).
Outro dado relevante é o número de pessoas que procuravam trabalho há dois anos ou mais. No primeiro trimestre de 2023, havia 2,2 milhões de pessoas nessa situação, uma redução de 35,3% em relação ao mesmo período de 2022, quando o número era de 3,5 milhões.
Quanto ao percentual de trabalhadores que atuam por conta própria, Rondônia lidera, com 37,3% da população ocupada nessa condição. Em contrapartida, o Distrito Federal apresentou o menor percentual, com apenas 20,7%, seguido por Tocantins, com 21,3%, e Mato Grosso do Sul, com 22,3%.
Em relação aos empregados com carteira assinada no setor privado, Santa Catarina se destaca com o maior percentual, atingindo 88,2%. Já o Maranhão registrou o menor percentual de empregados com carteira, com apenas 50,8%, seguido pelo Pará, com 51,2%, e Piauí, com 51,7%.
No que diz respeito aos rendimentos, o Nordeste foi a única região que apresentou um aumento significativo em relação ao trimestre anterior, com o valor estimado em R$1.979. As demais regiões permaneceram estáveis nesse aspecto. Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, houve crescimento do rendimento médio em todas as regiões.
No total, a taxa de informalidade da população ocupada no Brasil foi de 39,0%. O estado do Pará registrou a maior taxa de informalidade, com 59,6%, seguido pelo Amazonas, com 57,2%, e Maranhão, com 56,5%. Por outro lado, Santa Catarina apresentou a menor taxa de informalidade, com apenas 26,1%, seguido pelo Distrito Federal, com 30,3%, e São Paulo, com 30,6%.