Após uma semana de execução, a Operação Libertação, ação integrada por Polícia Federal, Ibama, Forças Armadas, Força Nacional de Segurança Pública e Funai para combater o garimpo ilegal em terras Yanomami, executou diversas incursões para a interrupção da atividade criminosa na região e para a proteção e assistência à população indígena.
As ações de planejamento e coordenação estão sendo realizadas no Centro de Comando e Controle da Operação Libertação, estruturado na Superintendência Regional da Polícia Federal em Roraima, para permitir a atuação e a tomada de decisões, de maneira integrada, dos órgãos envolvidos na ação.
Cerca de 700 integrantes das instituições envolvidas participam das atividades. A estrutura logística abrange quatro bases de apoio operacional (Surucucu, Moxihatetea, Walopali, Palimiú), 16 aeronaves e diversas embarcações e veículos automotores.
No período que compreende o início da Operação Libertação, em 9 de fevereiro, até o dia 15, foram inutilizadas 40 balsas, uma embarcação, quatro aeronaves, 11,2 toneladas de cassiterita, um garimpo do minério e uma base de suporte logístico, além de outros equipamentos e itens como barracas, veículo e um trator esteira.
Também foram apreendidas 16 toneladas de cassiterita, quatro embarcações, 7 mil litros de combustível, 500 quilos de alimentos, equipamentos como maquinário para extração de minérios, geradores de energia, motosserra e motores, armas, equipamentos de comunicação e celulares de não indígenas, apreendidos nas ações de abordagem. A essas ações se somam outras realizadas por Ibama, Funai e Força Nacional desde a segunda-feira, 6/1.
No campo das ações humanitárias para a comunidade indígena, mais de 105 toneladas de mantimentos e medicamentos foram transportadas e 5,2 mil cestas básicas entregues. No hospital de campanha montado pela Força Aérea Brasileira, para atenção exclusiva aos indígenas Yanomami, foram realizados, até o momento, 1,3 mil atendimentos.
As equipes também atuam no fechamento de rotas e acessos fluviais utilizados pelo garimpo, mapeamento das áreas e na segurança das bases operacionais na Terra Indígena e de prédios públicos de Boa Vista que, eventualmente, poderiam ser alvos de manifestações.
Para a saída coordenada e espontânea de pessoas não indígenas das áreas de garimpo ilegal, foi prorrogada, até a 1 hora (horário de Brasília) do dia 6 de maio, a abertura parcial do espaço aéreo da região norte do país.
Paralelamente à ação de presença ostensiva governamental na região com a Operação Libertação, foram deflagradas as operações Avis Aurea e Sisaque, para desarticular organizações criminosas dedicadas ao financiamento do garimpo, ao contrabando de ouro extraído da região Amazônica e à lavagem de capitais oriundos das atividades ilegais.