A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para janeiro é de chuvas abaixo da média em grande parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, além de áreas do oeste da Bahia, Acre, Rondônia, norte de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, sudoeste de Pernambuco e sul do Piauí. Veja figura 1a (tons em amarelo e laranja indicam chuvas abaixo da média no mapa). Além disso, no primeiro mês de 2023, o destaque vai para o Rio Grande do Sul, que deverá ter volumes de chuva abaixo de 200 milímetros (mm).
Já na faixa norte do País, desde o Amazonas até a Paraíba, são previstos acumulados de chuva acima da média, podendo ser superiores a 50 mm, enquanto no sudeste do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, além de áreas de São Paulo, Paraná, oeste de Santa Catarina e litoral da Bahia, a previsão indica chuvas dentro ou ligeiramente acima da média, podendo ser superiores a 10 mm. Veja figura 1a (tons em azul indicam chuvas acima ou na média no mapa).
Ao considerar o prognóstico climático do Inmet para janeiro e seu possível impacto na safra de grãos 2022/2023 em diferentes regiões produtoras, como o MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a previsão é de chuvas dentro ou abaixo da média em áreas do sul do Tocantins, oeste da Bahia e sudoeste do Piauí, o que pode afetar os níveis de água no solo. Entretanto, os maiores acumulados de chuva dos últimos meses foram responsáveis pela manutenção da água no solo e poderão amenizar o impacto do déficit hídrico nas culturas da região, como soja, milho primeira safra e algodão.
No Centro-Oeste, a volta das chuvas nos últimos meses também contribuiu para o aumento dos níveis de água no solo e foi importante para o estabelecimento das culturas de verão no campo, como soja, milho, feijão e algodão. No entanto, a previsão de um possível veranico e chuvas dentro ou abaixo da média em áreas de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, no mês de janeiro, podem impactar negativamente o armazenamento de água no solo e as culturas que se encontram em estágios fenológicos mais sensíveis.
Já no Sul do Brasil, as chuvas abaixo da média, observadas em grande parte da região nos últimos meses, principalmente, no Rio Grande do Sul, causaram restrição hídrica nas fases iniciais dos cultivos de verão. Além disso, a previsão de chuvas irregulares em grande parte da região no mês de janeiro, principalmente, em áreas centrais do Rio Grande do Sul, pode impactar negativamente os níveis de água no solo e as culturas agrícolas que se encontram em estádios fenológicos mais sensíveis, como soja, milho primeira safra e feijão.
Temperatura
Quanto às temperaturas, a previsão indica que deverão ser acima da climatologia (média) em grande parte da Região Sudeste, além das áreas de Goiás, oeste do Tocantins, extremo sul do Maranhão, centro-oeste da Bahia, norte do Amapá, sul do Pará, oeste do Mato Grosso, norte do Paraná, leste de Santa Catarina e no leste e sul do Rio Grande do Sul, com temperaturas acima de 25ºC. Veja figura 1b (tons em laranja e amarelo indicam temperaturas acima da média no mapa). Em áreas do MATOPIBA, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, a temperatura média poderá chegar aos 30ºC.
Já no noroeste e leste do Pará, oeste e leste do Maranhão, sul e leste do Piauí, nordeste do Mato Grosso do Sul, oeste de Santa Catarina são previstas temperaturas ligeiramente abaixo da média. Veja Figura 1b (tons em azul no mapa). Nas demais áreas, a previsão indica temperaturas próximas à média. Veja figura 1b (tons em cinza no mapa).