Coringa: mais emoção em filmes de heróis

O novo chefe da DC admite que o público está cansado da fórmula atual dos filmes de super-heróis e sugere mudanças.
Coringa 2: Lady Gaga como Harley Quinn
Foto: DC Oficial / Twitter
1 ano ago

James Gunn, encarregado de reviver a DC no cinema e responsável por restaurar o Superman às suas antigas glórias, acredita que os filmes de super-heróis precisam de menos espetáculo e mais aterramento emocional. Gunn reconhece que o público está começando a se afastar do gênero e insinua que cineastas como Martin Scorsese e Francis Ford Coppola podem ter um ponto ao criticar a Marvel e a DC.

Gunn compartilhou suas opiniões em entrevista à Rolling Stone, “Eu acho que existe tal coisa como fadiga de super-heróis. Nós amamos o Superman. Nós amamos o Batman. Nós amamos o Homem de Ferro. Porque eles são esses personagens incríveis que temos em nossos corações. E se se tornar apenas um monte de bobagens na tela, fica muito chato.”

Ele acrescenta que o problema não é o gênero em si, mas sim a falta de histórias emocionalmente fundamentadas. Gunn foi recentemente instalado como chefe da DC, estúdio que, no passado, produziu filmes menos orientados por personagens e mais focados em efeitos visuais e ação.

Gunn está atualmente escrevendo e dirigindo “Superman: Legacy”, e seus comentários podem indicar uma mudança positiva para o estúdio. Talvez o sucesso do filme “Coringa”, que arrecadou mais de US$ 1 bilhão em bilheterias globais e ganhou um Oscar sem depender de mega batalhas carregadas de efeitos especiais, tenha inspirado a DC e a Warner Bros a repensarem sua abordagem.

Coringa 2

A sequência de “Coringa“, intitulada “Joker: Folie à Deux”, contará com Joaquin Phoenix e Lady Gaga como Harley Quinn, explorando o Asilo Arkham. Ainda é cedo para saber se esse novo direcionamento agradará a todos os fãs, mas a DC parece disposta a assumir riscos e inovar.

Gunn também mencionou a Marvel na entrevista, afirmando que seu antigo estúdio tem encontrado dificuldades para escrever histórias desde “Avengers: Endgame” de 2019 e o evento “blip” que abalou o universo cinematográfico.

A tarefa de Gunn é desafiadora, mas se ele conseguir fazer da DC o lar de filmes de super-heróis mais inteligentes e emocionalmente envolventes, isso pode atrair um público maior e mudar a maneira como vemos o gênero. Resta saber como os fãs mais tradicionalistas reagirão a essa nova abordagem.

Informações: The Guardian

Mágson Alves

CEO Nexo Norte

Servidor Público | Fotógrafo | Videomaker

Assessor de comunicação

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