Um grupo de quatro pessoas da família Barranquitas em Rafaela, na província de Santa Fé, Argentina, foram hospitalizadas com pneumonia bilateral decorrente da psitacose ou febre dos papagaios. A doença teria sido contraída após um dos pacientes trazer uma ave para casa, que posteriormente adoeceu e morreu. Dois dos quatro pacientes estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Dr. Jaime Ferré, sendo um deles com quadro de saúde considerado delicado.
A psitacose é causada pela bactéria Chlamydia psittaci e é considerada a principal zoonose transmitida por aves silvestres, como periquitos, papagaios, calopsitas e araras, além de pombos. No Brasil, estudos recentes mostraram sua ampla ocorrência em aves silvestres, com ocorrência frequente de surtos em humanos.
As aves podem apresentar sintomas clínicos, como penas arrepiadas, tremores, sonolência, falta de apetite, desidratação, conjuntivite, dificuldade respiratória, má digestão e regurgito, quadro neurológico e até mesmo morte. Mesmo quando o animal se recupera, ele ainda pode liberar a bactéria nos excrementos e nas secreções oro-nasais, contaminando o ambiente e colocando em risco outras aves e humanos.
Em humanos, os sintomas podem aparecer de 5 dias a 2 semanas e incluem febre alta, calafrios, tosse seca, falta de apetite, vômitos, diarréia, dificuldade respiratória, coriza, dores de cabeça, musculares, nas costas e abdominais, e comprometimento neurológico, como meningite e confusão mental. A doença pode evoluir para um quadro grave se não for tratada corretamente.
Tanto as aves infectadas quanto os humanos devem ser tratados com antibióticos para evitar casos graves, complicações e o retorno da doença. É importante lembrar que o contato direto com aves silvestres pode colocar a saúde em risco, por isso é importante tomar cuidado e evitar esse tipo de contato.